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Preguntas Frequentes

O que é viva trust e qual sua relação com o grupo nueva, o fundes e a fundação avina?

VIVA Trust é um fideicomisso irrevogável criado por Stephan Schmidheiny, em 2003, e constituído a partir da doação de todas as ações do Grupo Nueva. O valor total da doação de Schmidheiny para a VIVA Trust foi de aproximadamente 1 bilhão de dólares. Seu objetivo é garantir a sustentabilidade em longo prazo e a continuidade de suas atividades filantrópicas de Schmidheiny na América Latina.

A VIVA Trust é administrada por um Comitê de Assessoria especialmente designado e formado por profissionais das áreas social e corporativa de todo o mundo. Sua tarefa é supervisionar e direcionar as operações empresariais e filantrópicas do Grupo Nueva na América Latina. A VIVA Trust financia o crescimento do grupo produtivo e as operações da Fundación Avina e do FUNDES com os lucros de capital e os dividendos do Grupo Nueva. Ao invés de estarem associados por um fundador e acionista, a Avina, o FUNDES e o Grupo Nueva estão articulados por uma organização inovadora que combina atividades produtivas e filantrópicas em uma única estratégia.

Desde 2003, a VIVA Trust trabalha pela prosperidade e pela sustentabilidade da América Latina. A VIVA Trust é um novo modelo de negócios e filantropia, uma proposta inovadora que pretende incentivar o desenvolvimento da região através de uma parceria entre empresas econômica, social e ambientalmente bem-sucedidas e organizações filantrópicas que promovem a liderança e a inovação visando à sustentabilidade e integração de pequenas empresas mais competitivas e sustentáveis.

Veja um vídeo sobre a VIVA Trust aqui

Stephan schmidheiny se solidarizou com as vítimas do amianto?

Desde 2001, quando decidiu retirar-se da vida empresarial, Stephan Schmidheiny encarregou a empresa Becon AG para tratar dos assuntos relacionados ao amianto. Até onde sabemos, atualmente a empresa Becon AG é a única que se ocupa das vítimas do amianto na Itália.

Em 2007, a Becon AG difundiu uma iniciativa para antigos funcionários da empresa italiana Eternit SpA, inspirada por razões humanitárias. Através dessa iniciativa, funcionários ou familiares de funcionários que contraíram alguma doença causada pela exposição ao amianto nas fábricas da empresa italiana Eternit durante o “período suíço”, entre 1973 e 1986, foram indenizados. Em 2009, a iniciativa foi ampliada com indenizações pagas aos vizinhos afetados na área. Mais de 1500 pessoas aceitaram a oferta humanitária na Itália. O valor das indenizações pagas foi calculado de acordo com referências internacionais para indenizações por danos à integridade, entre outros, utilizadas pelo SUVA, o Instituto Suíço de Seguros contra Acidentes.

Até 2014, a Becon AG havia contribuído com 6 milhões de francos suíços, cerca de 7 milhões de dólares, para apoiar localmente a pesquisa aplicada sobre o mesotelioma.

Os pagamentos totais até 2014 somaram 50 milhões de francos suíços (56 milhões de dólares). Além disso, 22 milhões de francos suíços (quase 25 milhões de dólares) foram oferecidos para a cidade de Casale Monferrato. Inicialmente, as autoridades locais aceitaram a proposta, mas depois a recusaram no contexto do processo.

As ofertas feitas pela Becon AG não implicam em reconhecimento de responsabilidade civil nem de culpa por parte do Grupo Suíço Eternit nem de seu diretor em relação às doenças causadas pelo amianto. Elas foram movidas por um sentimento de solidariedade com as vítimas e segundo os ideais filantrópicos de Stephan Schmidheiny. A oferta da Becon AG continua de pé.

Quando stephan schmidheiny se retirou definitivamente da indústria do amianto?

Ele se retirou em 1989, depois de ter investido milhões de dólares em programas de segurança para a manipulação do amianto e em pesquisas para encontrar um substituto para o material. Isso resultou na perda de viabilidade econômica de várias fábricas do Grupo Eternit, que foram fechadas devido à sua firme decisão de eliminar o amianto da produção. decidiu vender todas as suas ações da Eternit e retirar-se definitivamente da indústria do amianto.

O grupo suíço eternit cumpriu as normas de segurança para os funcionários?

Ao contrário do que se afirma, durante os cerca de 10 anos em que o Grupo Suíço Eternit foi o maior acionista individual da empresa italiana Eternit SpA, o Grupo não deixou de cumprir as normas de segurança intencionalmente nem causou, intencionalmente ou de nenhuma outra maneira, um desastre ambiental e de saúde de seus colaboradores. Ao contrário, fez grandes investimentos para eliminar a exposição ao pó de amianto. Consequentemente, o risco para a saúde ao qual os funcionários do grupo italiano Eternit estavam expostos era muito menor do que o risco ao qual os funcionários de outras empresas do ramo estavam expostos, e também durante os cerca de 70 anos anteriores ao próprio Grupo Eternit na mesma empresa. Com isso, muitas vidas foram salvas.

O Grupo Suíço Eternit fez tudo isso por iniciativa própria. Somente em 1991 as autoridades italianas aprovaram uma norma sobre a manipulação do amianto.

Qual foi o investimento feito por Stephan Schmidheiny para eliminar o uso do amianto?

Devido à firme convicção de Stephan Schmidheiny sobre a necessidade de eliminar o uso do amianto, desde 1976 foram empreendidos projetos para melhorar a segurança dos funcionários e para desenvolver produtos que pudessem substituir o amianto. Foram investidos 70 milhões de francos suíços da época, quase 80 milhões de dólares, através de aumentos de capital e empréstimos de acionistas. O Grupo SEG jamais obteve benefícios desses investimentos feitos na Itália.

Graças a esses investimentos, a exposição ao pó que causa as doenças relacionadas ao amianto foi drasticamente reduzida nas fábricas italianas.

O enorme investimento e a nova forma de trabalho levaram à perda de competitividade da Eternit SpA como empresa. Ela foi submetida ao regime de administração controlada e faliu em 1986.

Qual foi a contribuição de Stephan Schmidheiny para a eliminação do uso de amianto?

Stephan Schmidheiny, pioneiro e líder mundial na eliminação do uso de amianto, foi um dos primeiros empresários do mundo a reconhecer os riscos para a saúde humana associados ao processamento do amianto. Já em 1976, pouco depois de assumir o cargo de diretor do Grupo Suíço Eternit, Schmidheiny criou um programa para fabricar produtos sem o uso do amianto. Naquele mesmo ano, convocou gerentes e diretores para solicitar que eles adotassem medidas de segurança para a manipulação do amianto, política que foi desenvolvida com a criação do programa “Nova Tecnologia”.

Naquela época, a indústria utilizava um padrão de segurança para o processamento chamado “safe use”. Na maioria dos países industrializados, as leis da época determinavam os limites aceitáveis de concentração de amianto no ambiente (concentração máxima no local de trabalho). O “safe use” também contava com o apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da União Europeia.

Em 1981, antecipando-se a todas as normas e políticas governamentais, Stephan Schmidheiny anunciou sua decisão de retirar gradativamente o amianto dos processos produtivos da Eternit e em 1984 grande parte da produção da Eternit já havia substituído esse material por outro, derivado da polpa de papel. Assim, Stephan Schmidheiny agiu muito antes da concorrência nesse sentido, antecipando-se inclusive à maioria das diretrizes governamentais.

Já foi demonstrado que a exposição ao amianto e a quantidade de doenças foram drasticamente reduzidos durante este período, em comparação aos anos anteriores.

No entanto, embora os avanços das pesquisas tenham confirmado o perigo que o amianto representa para a saúde humana, infelizmente o amianto continua sendo processado em dois terços dos países do mundo. A Suíça proibiu o processamento do amianto em 1990. Na Itália, o processamento só foi proibido em 1992.

Durante quando anos o grupo suíço eternit foi o maior acionista da empresa italiana eternit spa?

A empresa italiana Eternit SpA iniciou suas operações em 1906 e durante muitos anos operou sem o Grupo Suíço Eternit. O chamado “período suíço” da empresa teve início em 1973, quando o Grupo Suíço Eternit deixou de ser acionista minoritário e se tornou acionista majoritário. Schmidheiny assumiu a liderança do Eternit três anos depois.

Que argumentos que sustentam a inocência de stephan schmidheiny no julgamento realizado em turim?

a) A acusação baseou suas denúncias no fato de que Stephan Schmidheiny foi “diretor efetivo” ou “empregador de fato” da empresa italiana Eternit SpA, uma sociedade de capital aberto com vários acionistas. Na verdade, Stephan Schmidheiny não exerceu qualquer função operacional na empresa, nem na diretoria, nem no conselho de administração.

b) Ao proceder da maneira como fizeram, os juízes de Turim condenaram um acionista individual de uma empresa que possuía vários acionistas e executivos locais, em um caso que foi considerado único no direito penal, em nível mundial.

c) Os juízes de Turim condenaram esse acionista baseando-se em uma norma que não existia em 1986, ano em que a empresa fechou suas portas definitivamente. A norma foi estabelecida em 1992, mas os juízes a aplicaram retroativamente contra Schmidheiny, que, ao suspeitar que o amianto representava um risco para a saúde dos funcionários, foi o pioneiro em sua eliminação como matéria prima na produção de sua empresa.

d) Em 1976, aos 29 anos, Stephan Schmidheiny assumiu a liderança do Grupo Suíço Eternit. Em sua gestão, grandes investimentos foram feitos na empresa italiana Eternit SpA visando à segurança do trabalho e assim proteger a saúde dos funcionários. Esses fatos foram documentados em detalhes pela defesa e não foram refutados no julgamento.

e) O processo em Turim contra Stephan Schmidheiny são foi um processo legal justo, o direito fundamental a um julgamento justo foi negado. Inexplicavelmente, os resultados das provas apresentadas foram ignorados e os argumentos foram baseados na “presunção de culpa”.

f) A defesa não teve acesso aos relatórios médicos nos quais a acusação se baseou. Também não pôde apresentar estudos que correspondiam ao período compreendido entre 1973 e 1986.

g) Em uma negação evidente da justiça, durante o julgamento, todas as ações de preservação do meio ambiente realizadas entre 1973 e 1986 não foram consideradas.

h) A parcialidade com a qual o julgamento contra Schmidheiny foi conduzido também ficou evidente no fato de que a fábrica da Eternit foi a única acusada da localidade de Casale Monferrato, onde seis outras empresas também utilizavam amianto em sua produção.

i) A Itália é o único país que tentou solucionar os problemas associados ao amianto com um processo penal contra uma única pessoa. Na maioria dos outros países industrializados onde o amianto foi proibido, a colaboração entre os governos e as indústrias encontrou soluções para mitigar essa tragédia social, os afetados foram indenizados de maneira justa através de programas conjuntos e o amianto foi eliminado de maneira segura.

j) Desde a abertura do processo, a objetividade e a justiça foram questionados quando o presidente do tribunal de Apelações de Turim deu um exemplo de excesso e de parcialidade ao equiparar Stephan Schmidheiny a Hitler, quando comparou o extermínio nazista dos judeus às medidas através das quais Schmidheiny protegeu seus funcionários.

A sentença e o processo de Turim foram movidos contra a pessoa errada. Ninguém foi tão visionário no tratamento dos riscos envolvidos no processamento de amianto como Stephan Schmidheiny. Sua atuação e determinação salvaram muitas vidas. Se a situação dentro das antigas fábricas da Eternit e em seus arredores, com o grande e lamentável número de vítimas, é um legado histórico da indústria italiana de cimento com amianto, essa tragédia social não pode ser resolvida com um processo penal contra uma única pessoa. Baseado em suas próprias convicções e sem reconhecer culpa, há anos Stephan Schmidheiny ajuda as vítimas da catástrofe. Mais de 1500 pessoas aceitaram sua proposta de ajuda. Cabe esperar que o Tribunal de Cassação de Roma, máxima instância italiana, reconheça a contribuição de Stephan Schmidheiny como pioneiro industrial e filantropo, e o absolva de qualquer pena e culpa.

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