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É indiscutível que o uso indiscriminado do amianto durante décadas causou milhares de tragédias humanas e familiares. Este é o caso apresentado em seu artigo que descreve a tragédia de Romana Blasotti Pavesi, que perdeu cinco seres queridos por doenças relacionadas ao amianto. Contudo, permita-nos enfatizar que Stephan Schmidheiny não é responsável por estas trágicas mortes. O fato é que Mario Pavesi trabalhou para Eternit Itália entre 1957 e 1974. É sabido que Stephan Schmidheiny assumiu a liderança do grupo Eternit Suíço em 1976. Também é pertinente sinalizar que nenhum dos outros parentes da senhora Pavesi trabalhou para a Eternit Itália.
Stephan Schmidheiny é o único empresário da indústria do amianto que ajudou de forma direta, fornecendo assistência médica e financeira às vítimas das tragédias ocasionadas pelo uso do mineral. Há muitos anos, Schmidheiny ofereceu compensação às pessoas que foram afetadas por doença relacionada ao amianto. Até o presente momento, mais de 1.500 famílias aceitaram o apoio oferecido e mais de 50 milhões de francos suíços foram pagos através deste mecanismo. Stephan Schmidheiny manterá este programa para apoiar as vítimas desta tragédia social.
A Itália, especificamente Turim, é o único lugar do mundo onde se decidiu lidar com a catástrofe criada pelo amianto através de uma acusação penal contra um só indivíduo, em vez de fazê-lo contra a indústria em sua totalidade e contra o próprio Estado, que foi negligente ao permitir o uso contínuo do amianto muito além do momento em que o próprio Schmidheiny o denunciara e descontinuara suas operações nesta indústria. Na maior parte das nações em que houve uma atuação a respeito desta questão, os governos e a indústria buscaram soluções comuns para lidar com a tragédia. Graças a programas conjuntos governo-indústria, as pessoas afetadas receberam compensação e o amianto está sendo eliminado de maneira segura para a população e trabalhadores.
É importante mencionar que Stephan Schmidheiny é reconhecido internacionalmente como industrial pioneiro em aplicar as tecnologias mais seguras para o processamento do amianto, assim como na investigação e introdução de materiais alternativos na fabricação de elementos de construção, anos antes de que os governos – o da Itália em particular- exigissem estas medidas de seus industriais. A Itália proibiu o uso do amianto apenas em 1992. E desde 1976 – quase imediatamente depois de asumir o controle do Grupo Eternit Suíço, aos 29 anos de idade – Stephan Schmidheiny lançou a iniciativa de produzir materiais livres de amianto, contra a vontade e as pressões dos líderes da indústria na Europa. Ao mesmo tempo insistiu para que todas as fábricas de Eternit implementassem medidas para proteger a segurança e a saúde de seus trabalhadores. Stephan Schmidheiny anunciou que sairia do amianto em 1981 e, desde 1984, a maior parte dos produtos de Eternit foi produzida sem esse mineral.
É um fato- que não foi apresentado à Corte- que durante o período suíço (1973 a 1986), o Grupo Eternit Suíço nunca recebeu dividendos de Eternit Itália SpA. Por outro lado, foram feitos substanciais investimentos na empresa por meio do aumento de capital e empréstimos oriundos do Grupo Eternit Suíço, que permitiram a Eternit Itália SpA fazer investimentos milionários, equivalentes a 300 milhões de francos suíços em valores de hoje, para melhorar as condições de trabalho e de saúde de seus trabalhadores. Isto levou a fábrica ao mais alto padrão de segurança, o qual superava bastante o requerido pelas leis da Itália. As medidas geraram uma drástica redução no número de casos da doença na fábrica de Eternit na Itália. Porém, devido ao fato de que outras fábricas processadoras de amianto na zona não fizeram os mesmos investimentos em segurança e saúde, a empresa possuía altos custos de produção, o que a levou à falência em 1986, último ano de operação. Somente depois de seis anos, em 1992, a Itália criou uma legislação a respeito do amianto.
Nota: SpA- Sociedade por Ações.
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Na nota “Stephan Schmidheiny, magnata mundial do amianto, condenado a 18 anos de prisão por desastre ambiental doloso permanente”, publicada em junho de 2013, aparece uma série de conclusões sobre a trajetória de Stephan Schmidheiny que necessitam dos seguintes esclarecimentos:
Longe de ter construído sua trajetória como magnata do amianto, Stephan Schmidheiny, durante os 13 anos transcorridos desde que herdou a empresa Eternit Suíça, em 1976, aos 29 anos de idade, até sua retirada do grupo de acionistas em 1989, liderou a eliminação do amianto dos processos industriais em nível global.
Em 1976, meses após assumir a liderança do Grupo Eternit, Schmidheiny convocou uma reunião com gerentes e diretores para solicitar que adotassem medidas de segurança para a manipulação do amianto, política que foi concretizada com a criação do programa “Nova Tecnologia”. Em 1981, antecipando-se a todas as normas e políticas governamentais, Stephan Schmidheiny anunciou sua decisão de retirar gradativamente o amianto dos processos produtivos da Eternit e em 1984 grande parte da produção da Eternit já havia substituído esse material por outro, derivado da polpa de papel. Em 1989, após ter investido milhões de dólares em programas de segurança para a manipulação de amianto e em pesquisas para encontrar um substituto para esse material, o que resultou na inviabilidade econômica de várias fábricas da Eternit que foram fechadas devido à sua firme decisão de retirar o amianto dos processos de produção, decidiu vender todas as suas ações na Eternit e se retirou total e definitivamente da indústria do amianto.
Querer fazer de Stephan Schmidheiny um sinônimo da indústria do amianto significa construir a fachada que os verdadeiros magnatas mundiais do amianto do passado e do presente necessitam para continuarem escondidos, pois, atualmente, dois terços dos países do mundo ainda permitem o uso do amianto, enquanto que Schmidheiny já abandonou essa indústria há 25 anos.
Todos comentam o julgamento realizado em Turim no qual Stephan Schmidheiny, como responsável pela Eternit Suíça foi acionista da Eternit Itália entre 1976 e 1986, foi condenado a 18 anos de prisão e ao pagamento de uma indenização de 88 milhões de euros por danos gerados pelo uso de amianto. O que ninguém comenta é que esta condenação foi apelada perante o Tribunal de Cassação de Roma em vista das muitas irregularidades presentes no processo que impediram Schmidheiny de ter um julgamento imparcial e de exercer o direito à legítima defesa. As irregularidades analisadas pelo tribunal são:
Dada a quantidade de irregularidades ocorridas no processo judicial, o julgamento parece ter tentado fabricar o culpado que os promotores precisavam ao invés de buscar a verdade que as vítimas merecem.
A VIVA Trust, fideicomisso criado em 2003, é mencionada como entidade financiadora da Fundación Avina, dando a entender que este fundo estaria ligado aos lucros gerados pelo amianto. A partir deste dado equivocado, infere-se que a Avina teria um “caráter de limpeza de imagem”. É absolutamente equivocado vincular a VIVA Trust ao amianto, dado que se trata de um fideicomisso constituído pelas ações e investimentos que Stephan Schmidheiny possuía no Grupo Nueva, formado em 1998 por empresas latino-americanas absolutamente alheiras a essa indústria, pois Schmidheiny havia começado a diversificar seus investimentos 20 anos antes e já fazia 10 anos que havia se desvinculado da empresa Eternit. Assim sendo, como fica evidente, a Avina jamais poderia ter sido utilizada para limpar imagem, pois nunca recebeu dinheiro gerado pelo amianto nem apoiou ações vinculadas a essa agenda. Por um lado, a VIVA Trust é uma de suas fontes de financiamento, mas também coinveste milhões de dólares na América Latina juntamente com outras entidades de doação, empresas e fundos multilaterais de cooperação internacional.
Mais adiante, o texto faz referencia à comparação feita em uma das audiências do julgamento por um presidente do tribunal, o juiz Ogge, que comparou a reunião de Wansee de 1942 organizada por nazistas para discutir a expulsão dos judeus à reunião de Neuss convocada por Stephan Schmidheiny em 1976, poucos meses depois de assumir o Grupo Eternit. Segundo a interpretação do texto, Schmidheiny em “Neuss, na presença de cerca de 30 pessoas, todos gerentes das empresas Eternit na Europa”, sabendo “que o amianto era nocivo e perigo para a saúde”, disse “que eles deveriam estar cientes disso, mas que se outras pessoas também soubessem, eles teriam que fechar as fabricas ou adotar medidas econômicas a esse respeito. Por isso, disse a seus diretores que era preciso tomar muito cuidado com o tipo de informação dada, dizer que o amianto não era prejudicial e que, de qualquer modo, não causava morte e que seu risco podia ser controlado”. Na verdade, o que ocorreu em Neuss foi que um jovem de 29 anos, que tinha acabado de assumir a liderança de uma empresa que possuía milhares de funcionários no mundo, reuniu os diretores da Eternit de todos os países onde a Eternit Suíça tinha participação acionária para falar-lhes sobre as suspeitas de dano à saúde gerado pela manipulação do amianto e para pedir-lhes que adotassem as medidas necessárias para preservar a saúde dos funcionários e o meio ambiente. Isso foi logo ratificado com o investimento de milhões de dólares em programas de segurança para a manipulação do amianto, substituição desse mineral por outro produzido a partir da polpa de papel em 1984 e sua desvinculação definitiva da indústria em 1989.
As ações realizadas por Schmidheiny na indústria do amianto durante os 13 anos em que esteve vinculado a essa indústria (1976-1989) demonstram por si só, e também pelos diversos reconhecimentos recebidos por ele mundialmente, que, tendo herdado um problema, Schmidheiny criou várias soluções.
Em breve, será possível ter acesso a todas as informações sobre a trajetória empresarial e filantrópica de Stephan Schmidheiny no website ”Stephan Schmidheiny: a verdade sustentável”.
E para saber mais sobre a Fundación Avina, convidamos vocês a visitarem o website da fundação: www.avina.net
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Jacob Schmidheiny, bisavô de Stephan, estabelece as bases do negócio familiar com a criação de uma fábrica de tijolos em Heerbrugg, na Suíça.
Fundação da Brown, Boveri & Cie. em Baden, Suíça, por Charles Eugene Lancelot Brown e Walter Boveri.
Fundação da empresa Eternit na Itália, uma sociedade com vários acionistas locais e alguns acionistas estrangeiros.
Ernest Schmidheiny I, avô de Stephan, investe na incipiente indústria de cimento através da Holderbank (atual Holcim) e depois no processamento de amianto, através da Eternit Suíça.
Em 29 de outubro de 1947, nasce Stephan Ernest Schmidheiny em Balgach, St.Gallen, Suíça. Stephan é o segundo de quatro irmãos, filhos de Max Schmidheiny e Adda Schmidheiny-Scherrer.
Stephan Schmidheiny trabalha em uma fábrica da Eternit no Brasil, realizando tarefas em contato direto com amianto.
Depois de estudar direito, obtém um doutorado em Jurisprudência pela Universidade de Zurique, na Suíça.
O Grupo Eternit Suíço (SEG) se torna o maior acionista da empresa italiana Eternit SpA.
A OIT convoca uma reunião de especialistas para discutir o uso seguro do amianto. Posteriormente, publica o artigo “Abestos: Health Risks and their Prevention”.
Stephan Schmidheiny começa a trabalhar formalmente como chefe de vendas na empresa Eternit A.G. em Niederurnen, Suíça.
Schmidheiny é nomeado gerente geral e membro do conselho de administração da Eternit A.G. em Niederurnen, Suíça.
Stephan substitui o pai como diretor geral do Grupo Suíço Eternit (SEG), ficando responsável por um grupo de empresas com fábricas em mais de 20 países.
Lança o programa “Nova Tecnologia”, pioneiro em inovação para substituir o amianto na fabricação de painéis e outros produtos e na adoção de medidas de segurança para os funcionários das fábricas do Grupo Suíço Eternit (SEG) em todo o mundo.
Torna-se membro do conselho de administração (1978 – 1996) da União dos Bancos Suíços, SBG (posteriormente, UBS).
A OIT reúne-se novamente para enfatizar a necessidade de adotar instrumentos internacionais para prevenir e controlar os riscos causados pela exposição do amianto, alertando também sobre a urgência de produzir um documento de recomendações práticas sobre o uso do amianto em condições de segurança. O documento “Uso Seguro do Amianto” foi publicado em 1984. A maioria das recomendações já havia sido adotada pela Eternit de maneira voluntária e antes da recomendação da OIT.
Schmidheiny anuncia publicamente que o Grupo Eternit Suíço (SEG) deixará de fabricar produtos com amianto devido aos possíveis problemas de saúde e ambientais associados ao mineral, antes de existirem legislações sobre o assunto na maioria dos países da Europa e certamente no resto do mundo também, visto que em vários países da América Latina ainda é legal e frequente o uso do amianto como matéria prima para materiais de construção.
Passa a integrar o conselho de administração (1981 – 1997) da Brown, Boveri & Cie., cargo que lhe possibilita promover a fusão com a Asea, dando origem à Asea Brown Boveri (ABB), em 1988. Schmidheiny deixa o cargo em 1997.
Começa a diversificar seus investimentos e adquire o Grupo Distral suíço, do ramo de bancas de jornal.
Realiza suas primeiras incursões empresariais na América Latina, investindo na indústria florestal no Chile através da empresa Terranova.
Seis anos após Stephan Schmidheiny iniciar um programa de inovação e segurança para os funcionários das fábricas do Grupo Suíço Eternit (SEG), e meses após Schmidheiny ordenar a retirada do amianto do processo produtivo de seu grupo industrial, a Suécia se torna o primeiro país do mundo a proibir o amianto.
Seu pai, Max Schmidheiny, entrega a Stephan o controle total do Grupo Suíço Eternit (SEG) e cede a seu irmão Thomas a companhia de cimento Holderbank (posterirmente, Holcim).
As fábricas do Grupo Suíço Eternit (SEG) conseguem fabricar vários produtos sem amianto, substituindo o material por outro fabricado a partir da polpa de papel. Perde competitividade devido aos altos custos de produção.
Stephan Schmidheiny e o arcebispo do Panamá, Marcos McGrath, criam a FUNDES, uma fundação para fortalecer as capacidades empresariais de pequenas e médias empresas na América Latina.
Adquire um terço do grupo SMH, o maior fabricante de relógios da Suíça. Participa ativamente de sua reestruturação dando origem ao Grupo Swatch, atual líder de mercado.
O prefeito de Casale Monferrato envia uma carta pessoal a Schmidheiny, demonstrando sua preocupação com os efeitos que o fechamento da fábrica Eternit poderiam ter no mercado de trabalho local.
Passa a integrar o conselho de administração da Landis & Gyr, empresa voltada para a gestão de energia. Um ano depois, torna-se acionista majoritário e, em 1995, vende sua participação para a Elektrowatt. Deixa o conselho em 1996.
É eleito presidente do Instituto de Gestão Internacional (IMI) em Genebra. Em 1989, promove a fusão do Instituto com a IMEDE para formar o Instituto Internacional para o Desenvolvimento Gerencial (IMD) em Lausana, Suíça. Schmidheiny deixa a junta da Fundação IMD em 1992.
Declaração de falência da Eternit SpA Itália. O liquidatário oficial passa a controlar a empresa e o Grupo Suíço Eternit (SEG) é desvinculado de sua administração. A liquidação da falência perdura até 2008.
Schmidheiny assume como membro do conselho de administração da Nestlé (1988 – 2003).
A Eternit Suíça vende sua participação na Eternit Brasil e Amindus Holding para a empresa Saint Gobain. Dessa forma, Schmidheiny deixa de ter qualquer tipo de participação nessas empresas.
Em 1988, tem início o processo de venda do Grupo Eternit Suíço (SEG), que é concluído em 1989. As participações são vendidas aos sucessores legais, com todos os direitos e deveres.
Adquire a Wild-Leitz, empresa que, em 1990, realiza uma fusão com a Cambridge Instruments, dando origem à Leica Microsystems, que atualmente possui fábricas em cinco países, além de vendas e serviços em mais de 20 países.
Maurice Strong, secretário geral da United Nations Conference on Environment and Development (UNCED), nomeia Schmidheiny principal conselheiro para comércio e indústria, por sua reputação de pioneiro em assuntos sociais e ambientais, para preparar a ECO-92, a ser realizada no Rio de Janeiro, em 1992.
A Suíça proíbe o processamento do amianto, nove anos após Stephan Schmidheiny ter anunciado a eliminação do uso do material nas fábricas do Grupo Eternit Suíço (SEG).
Funda o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (BCSD), com altos executivos de diferentes indústrias e regiões, para realizar seu trabalho como principal assessor do secretário geral da UNCED. Realização do primeiro encontro em La Haya, Holanda.
Publica o livro “As Novas Regras do Jogo: para o Desenvolvimento Sustentável na América Latina”, juntamente com Hernando de Soto.
Falecimento de Max Schmidheiny, pai de Stephan.
A Itália introduz no país o regulamento emitido pela União Europeia, em 1983, sobre a concentração máxima de fibra de amianto permitida em fábricas.
A Itália proíbe o processamento de amianto seis anos após o fechamento das fábricas italianas Eternit.
Schmidheiny publica e é o autor principal do best-seller “Mudando o Rumo: Uma Perspectiva Global do Empresariado para o Desenvolvimento e o Meio Ambiente”, com os resultados do trabalho do BCSD.
Falece precocemente o irmão mais novo de Stephan, Alexander Schmidheiny, de quem ele herda a coleção de arte Daros, criada juntamente com Thomas Ammann na década de 80. Entre 2001 e 2008, algumas obras da Coleção Daros foram exibidas nas mostras Daros em Löwenbräu-Areal, Suíça. Desde 2010, a coleção pode ser vista em mostra permanente na Fundação Bayeler em Riehen, Suíça.
Schmidheiny torna-se membro do conselho do World Resources Institute (WRI), com sede em Washington (1993 – 2001).
Nomeação de Doutor Honoris Causa pela INCAE Business School, Costa Rica.
Funda a Avina Stifung na Suíça, que promove a sustentabilidade social e ecológica, combinando ações filantrópicas e espírito empresarial.
Ao lado de Bruno Fritsch e Walter Seifritz, publica o livro “Para uma Sociedade de Crescimento Ecologicamente Sustentável: Fundamentos Físicos, Transições Econômicas e Restrições Políticas”.
Após a ECO-92, os membros do BCSD se associaram à Câmara de Comércio Internacional (ICC), dando origem ao Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD).
Em homenagem a seu irmão falecido em 1992, Stephan cria a fundação “Alexander Schmidheiny”, que apoia projetos e atividades culturais, sociais e ambientais.
Funda a Aliança para a Sustentabilidade Global (AGS), associação que conta com a participação de quatro das principais universidades de ciências do mundo. Preside o Conselho Assessor Internacional entre 1996 e 2001.
Cria o Centro Latino-Americano para Competitividade e Desenvolvimento Sustentável (CLACDS), na INCAE Business School na Costa Rica, juntamente com Brizio Biondi-Morra e Roberto Artavia.
Nomeação de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Yale, New Haven.
Juntamente com Federico Zorraquín e o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, Schmidneiny publica "A Comunidade Financeira e o Desenvolvimento Sustentável”.
Publica o livro “Desenvolvimento Sustentável: Os Mercados Financeiros na Mudança de Paradigma”, ao lado de Rolf Gerling.
O então presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso atribuiu a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul a Stephan Schmidheiny.”.
É nomeado copresidente (1997 – 1998) do Grupo Assessor de Alto Nível sobre o Meio Ambiente da OCDE. Suas recomendações para fazer da sustentabilidade um princípio geral da organização servem de base para a Reunião Ministerial da OCDE em 1998.
Stephan Schmidheiny cria a holding Grupo Nueva, que reúne os investimentos que ele mantém em empresas da América Latina: Terranova (posteriormente, Masisa), Grupo Amanco e Ecos. O compromisso do Grupo Nueva se baseia nas três áreas de responsabilidade empresarial: financeira, social e ambiental.
Juntamente com Jeff Gates, publica o livro "A Solução da Propriedade: Por um Capitalismo Comum no Século XXI”.
É nomeado presidente honorário do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD).
Schmidheiny e Ruth, com quem foi casado, criam a Daros América Latina, uma instituição de arte com sede em Zurique que tem como objetivo criar e conservar uma coleção de arte contemporânea da América Latina. Desde 2013, as atividades públicas da Daros América Latina estão concentradas na Casa Daros do Rio de Janeiro.
Alinhado com sua missão humanitária, Stephan Schmidheiny delega à Becon A.G. o gerenciamento de um plano para analisar possíveis vias de ajuda a situações associadas ao amianto.
Nomeação de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Rollins, Flórida.
Nomeação de Doutor Honoris Causa pela Universidade Católica de Andrés Bello em Caracas, Venezuela.
Schmidheiny cria a Fundación Avina na América Latina para promover a liderança social e empresarial para o desenvolvimento sustentável na região.
Publica o livro “Pregando com o Exemplo: Caso de Negócios para o Desenvolvimento Sustentável”, juntamente com Chad Holliday e Philip Watts.
Ao lado de Erika Knie, funda a Fundação MarViva, entidade sem fins lucrativos voltada para a conservação e o uso sustentável dos recursos marinhos e costeiros no Pacífico Tropical Oriental.
Através do Grupo Nueva, adquire uma participação majoritária na empresa florestal Masisa com sede no Chile e operações florestais e industriais na Argentina, Brasil, Chile e Venezuela.
Estabelece o fideicomisso irrevogável VIVA Trust, mediante a doação de todas as ações e investimentos do Grupo Nueva, uma quantia em dinheiro e investimentos líquidos. A doação, cujo valor total supera 1 bilhão de dólares, tem como objetivo garantir a sustentabilidade da Avina e FUNDES em longo prazo e a continuidade de suas atividades filantrópicas na América Latina. Após criar o VIVA Trust, Schmidheiny anuncia que começará a se retirar de suas funções ativas gradualmente.
O grupo de acionistas da Terranova aprova a fusão com a Masisa. A nova companhia recebe o nome de Masisa S.A.
Stephan Schmidheiny publica uma autobiografia intitulada “Minha Visão, Minha Trajetória”.
A Becon A.G. começa a prestar ajuda humanitária a antigos funcionários (ou familiares dos funcionários) da empresa Eternit SpA Itália.
A Amanco, empresa que integrava o Grupo Nueva, é vendida para a empresa mexicana Mexichem.
A Plycem Company, que também integrava o Grupo Nueva, é vendida para a mexicana Mexalit Industrial, concentrando as atividades de produção da VIVA Trust na indústria florestal.
Schmidheiny participa da criação da Fundação Latinoamérica Posible (LAP) com o objetivo de promover a participação crescente e responsável do setor de produção no desenvolvimento sustentável das comunidades e países.
Schmidheiny amplia a ajuda humanitária iniciada em 2007 através da Becon A.G. aos vizinhos das fábricas industriais da Eternit SpA Itália afetados pelo amianto.
Em Turim, Itália, o Tribunal Penal de primeira instância inicia um processo penal contra o belga Barão Louis de Cartier de Marchienne e contra Stephan Schmidheiny, em sua qualidade de acionista da empresa italiana Eternit SpA.
Os autores René Lüchinger e Ueli Burkhard publicam uma biografia de Stephan Schmidheiny intitulada “Stephan Schmidheiny: O Longo Caminho para Si Mesmo. Herdeiro, Empresário, Filantropo”.
No dia 13 de fevereiro, o Tribunal Penal de Turim profere a sentença de primeira instância no processo da Eternit SpA Itália condenando o Barão Louis de Cartier e Stephan Schmidheiny. A sentença declara que eles são responsáveis por um “desastre intencional” e pelo “não cumprimento intencional de medidas de segurança” em duas das quatro fábricas de produção da empresa italiana Eternit SpA.
Frente à apelação da sentença de primeira instância, a Corte de Apelações de Turim profere nova sentença confirmando a condenação de Stephan Schmidneiny, alterando as acusações e aumentando a sentença de primeira instância. O Barão Louis de Cartier de Marchienne falece antes da divulgação da sentença.
O X aniversário da VIVA Trust é comemorado com a fundação do Centro de Intercâmbio de Conhecimentos (CiC), voltado para divulgar as lições aprendidas pelas organizações criadas por Schmidheiny e inspirar uma nova geração de empreendedores sociais e de produção na região latino-americana e no mundo.
Até o momento, mais de 1.500 pessoas do norte e sul da Itália já receberam a ajuda humanitária que a Becon A.G. ofereceu às pessoas afetadas desde 2007.
Criação do website chamado “Espaço Schmidheiny: a Verdade Sustentável”. O espaço foi criado para que empreendedores, líderes e a sociedade em geral possam conhecer a história pessoal e os empreendimentos sociais e produtivos de Stephan Schmidheiny de maneira ampla e realista, para que seu exemplo de vida sirva como fonte de inspiração e experiência compartilhada com líderes de toda a região.